No Início dos anos 80 uma mulher com 2 filhos gêmeos, mudou-se para rua onde morava, uma casa pequena aos fundos, onde a entrada era um pequeno portão, onde ao entrar percorria um grande corredor até chegar na casa, uma rua tranquila em um bairro pacato onde residiam algumas crianças da faixa de idade de 09 a 13 anos, esses gêmeos tinham uma aparência peculiar, uma pele bem pálida, cabelos brancos, olhos bem pretos, canelas finas e queixo bem fino deixando sua aparência muito estranha, eles não falavam nunca seus nomes. Esses irmãos não eram muito de fazer amizade, as vezes saiam na rua para brincar, mas diferente das outras crianças da mesma idade as brincadeiras eram bem perigosa como: jogar pedra em outras crianças que passavam de bicicletas, furar outras crianças com alfinetes… sempre brincadeiras perversas e perigosas.
Dificilmente a mãe desses garotos era vista, ele saia de madrugada e só voltava pra casa ao anoitecer do trabalho, deixando a maior parte do tempo os garotos sozinhos.
Ao passar do tempo esses garotos foram colecionando muitas inimizades, devido o humor negro de suas brincadeiras, e as vezes outros garotos partiam para briga e sempre os gêmeos de defendiam como podiam, um dava a vida pelo outro, sempre se defendendo de suas brigas ocasionadas por suas brincadeiras pesadas e perigosas.
Apesar de serem garotos que não fugiam de briga nenhuma, eles eram garotos franzinos, pareciam até desnutridos, pois se alimentavam de uma forma precária devido a falta de sua mãe, que trabalhava o dia todo.
Começaram a aparecer rumores que esses garotos tinham uma doença que em breve tiraria a vida deles, mas ninguém sabia explicar se essa história era verídica.
Todos os dias esses garotos saiam de sua humilde casa para “brincar” de machucar outros garotos, mas os rumores que eles tinham uma grave doença que logo ceifaria suas vidas, deixavam os outros garotos receosos de revidar as brincadeiras maldosas.
As brincadeiras de mau gosto dos irmãos estavam ficando cada vez pior, até que um belo dia uma menina de 6 anos que se chamava Rita estava andando de bicicleta pela rua que era bastante tranquila, até um dos gêmeos colocar um cabo de vassoura entre a roda da bicicleta de Rita. A pequena garota caiu quebrando o braço, e gritando e chorando com muito dor ela olha para os gêmeos e com uma voz trêmula e bem odiosa a pequena Rita diz:
– Morram seus dois desgraçados!!!
Para uma pequena garotinha foram palavras pesadas e que mostravam todo o ódio, talvez ainda inocente de uma pequena garotinha.
Por esse motivo os pais de grande parte das crianças não deixaram seus filhos brincarem por dois dias, após esse período as crianças foram aos poucos saindo de suas casas para brincarem na rua, porém os gêmeos não foram vistos.
Três dias se passaram e nada dos gêmeos, até que decidiram verificar em sua pequena casa se realmente eles estavam lá, e o que foi comprovado foi horrível… Os gêmeos estavam realmente lá, deitados de barriga pra cima em uma cama de casal um ao lado do outro, o cheiro da morte era insuportável e ao lado de uma cômoda estava a mãe dos garotos enforcada, uma cena triste e muito assustadora, as crianças não tinham qualquer sinal de violência e no laudo da autópsia em uma investigação mais detalhada, foi constatado que a morte dos garotos foi de causas naturais e a mãe ao chegar em casa vendo os dois garotos já sem vida resolveu tirar sua própria vida se enforcando, e a pequena Rita cresceu, ficou adulta e carregou para sempre em seu íntimo uma culpa por um desejo odioso e inocente. Inocência que os garotos talvez também tivessem, mas preferiam a maldade que talvez achassem inocente todas as suas brincadeiras perigosas.
Por: A. Luvarth
Alan Luvarth 
