Bleak Transcendence – Mortuanima 2025 lançado pela Eclipcys Lunarys Productions, esse é o primeiro trabalho dessa banda que foi formada em 2023 em Curitiba Paraná, esse trio conta com Wagner Müller (Bass), Michael Siegwarth (Drums) e Alexandre Antunes (Vocals, Keyboards e Guitars), Com 6 faixa em seus quase 49 minutos o álbum Mortuanima traz um Funeral Death Doom Metal muito bem elaborado com melodias tétricas e hipnotizantes.
SONORIDADE
O álbum “ Mortuanima” mostra uma intensidade absurda musicalmente falando é um álbum para ser ouvido com atenção, sendo contemplado a cada faixa, com faixas muito bem montadas e teclados que dão toda a atmosfera musical e melancólico a cada faixa, que tem uma variação musical bem intensa, trabalhos de guitarras mostram peso e melodia na medida certa com uma intensidade que às vezes chega a ser aterrorizante lembrando em alguns momentos Evoken, Doom:VS, Esoteric e My Dying Bride, para os amantes do estilo o álbum “Mortuanima” já pode ser considerado uma da melhores obras do Doom Metal deste ano, as faixas são muito bem orquestrada e ao ouvir faixa por faixa notamos vários sentimentos colocados nesse álbum deixando hipnotizante, melancólico e muito profundo, são faixas que te prende musicalmente pois a cada compasso você fica na espera do que está por vir, realmente um clima desolador que te faz viajar num clima gélido e ao mesmo tempo meditativo que não deixa de ser quebrada pelo aterrorizante vocal gutural de Alexandre que é mesclado em alguns momentos com vocais limpos. Bateria bem compassada ditam todo o andamento lento, mórbido e melancólico acompanhado ao peso do baixo de Wagner. Tudo muito perfeito dentro do estilo e proposta musical da banda.
DESTAQUES
Os primeiros acordes da faixa de abertura “Unrelenting Stillness” já sentimos a alma sendo invadida por uma atmosfera sinistra e cheia de suspense e em especial nessa faixa alguns momentos me lembrou My Dying Bride, apenas uma menção, pois ainda sim Bleak Transcendence impõe uma sonoridade única, sem deixar as faixas soam como cópias de algumas bandas, densidade e variação musical é o que encontramos nesse faixa que já te prende atenção logo de cara. Outro destaque é a faixa título “Mortuanima” que traz guitarras pesadas em um clima devastador que mescla uma atmosfera gélida e perturbadora que ao mesmo tempo é muito agradável de ouvir prendendo sua atenção, “Darkneing the Spheres” tem um clima de suspense com vocais limpos recitados em seu início com guitarras pesadas melancólicas e algumas pausas que deixas um total ar de suspense, uma faixa muito boa, A quinta faixa “Half-Hearted” explora o recanto mais íntimo do vazio e da solidão, é a faixa mais longa do álbum com seus 11:04, e destaque para as linhas de vocais e o teclado que dá uma atmosfera maravilhosa, e como estivéssemos fazendo uma viagem para uma outra dimensão, tudo muito bem elabora, uma verdadeira motivação existencial para reflexão.
GRÁFICA
O material gráfico é simples, porém bem objetivo, traz um encarte de 12×36 onde o lado interno possuem as letras que estão bem perceptíveis e de fácil leitura a arte digital feita por Jean Michael e traz na capa uma espécie de foto de uma senhora ciclope em uma parede desgastada e uma porta ao fundo com uma escada. Uma arte para ser contemplada. E na parte de trás do encarte as fotos dos integrantes. Tudo muito simples mas colocado no devido lugar.
Trabalho enviado por: Alessandro Silva e Eclipsys Lunarys Prod.
- Unrelenting Stillness
- A Lifetime of Memories
- Mortuanima
- Darkening the Spheres
- Half-hearted
- Emanating from Devastation