A resenha de hoje tem por objeto o primeiro lançamento da banda OBSKKUROEOSER, o album “Non-Existence“! Lançamento EXCLUSIVO da BLACK SEAL PRODUCTIONS!
Fazendo uma breve apresentação da banda, o OBSKKUROEOSER, conforme descrito na capa do album, trata-se de um projeto musical. O que eu consegui descobrir é que essa – como eles próprios se apresentam – “Manifestação Anti-cosmica, propagadora do Caos e Morte, em busca do Eterno Vazio”, tem sua origem no Rio Grande do Sul e, aparentemente, foi plasmada no ano de 2017. Existe também a informação de que os entes que a compõe tem origem em várias outras bandas.
O estilo da banda gravita pela esfera do clássico Black Metal dos anos 90 e eu diria que apreciadores do IMMORTAL, da época do Diabolical Fullmoon Mysticism,do SATYRICON da mesma epoca e até dos trabalhos mais recentes do OCULTAN, se sentirão bem representados aqui.
Seguindo pelo meu padrão de análise, agora eu abordaria a parte lírica da banda. Quem acompanha meu trabalho, sabe que eu gosto bastante de fazer a anàlise das letras das bandas, no entanto o OBSKKUROEOSER prefere manter suas letras em sigilo. Eu tive acesso a uma descrição da tematica das faixas e o tema abordado é o Satanismo Anticosmico.
O album “NON-EXISTENCE” saiu agora inicio de 2024 e como eu já disse, é um lançamento EXCLUSIVO da BLACK SEAL, gravado no Estudio HURRICANE, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A formação que gravou o trabalho foi S. Baixo e vocal, que compôs todos os temas e escreveu as letras, A. Na guitarra e V.D. na Bateria.
O album conta com 08 faixas, num total de cerca de 44 minutos. As faixas são denominadas como “NON-EXISTENCE” de I a V, mais duas faixas instrumentais “PATH TO THE END” I e II. Mesmo sem acesso às letras, isso me direciona a um trabalho conceitual.
Parto então para analisar a arte desse album. Ele tem 06 laminas: capa, contra-capa com os titulos das musicas, fotos dos membros da banda, informações sobre a gravação e uma imagem onde aparece um sigilo.
Pesquisando um pouco, descobri que este sigilo se refere à Kélipot (escreve-se Qliphoth) de Golachab, que é a Kelipot da Inclemencia, regida por Asmodeus, o assassino de Deus.Como é impossível se aprofundar no assunto e não querendo correr o risco de um comentário raso, sugiro que que quem se interessar sobre o tema, faça sua própria pesquisa.
Devido à presença desse sigilo, acredito que a capa também é referente à Golachab, com uma especie de “consubstanciação” em vermelho sangue, emoldurada por umas sombras em Nevoa. Não pude deixar de observar o simbolo do OMEGA, no logo do projeto. O OMEGA, remete ao fim.
Voltando ao aspecto sonoro, o que vemos na música do OBSKKUROEOSER é uma prática da métrica de criação de temas de preludio, tensão e relaxamento que se intercalam. Isso acaba criando toda uma sensação pesada, amarga, por vezes onírica e, transmitindo, mesmo que sem conhecer as palavras, o caos desejado.
São faixas brutais, destilando puro ódio nos vocais, seguidas de mudanças de andamento, com a brutalidade sempre retornando.
A estrutura das músicas tem seus riffs principais em modo hipnótico e, nas mudanças de andamento, tempos lentos e rápidos. Harmonia e melodia se concatenam no mais puro espirito dos anos 90 e acabam por consolidar a atmosfera e todo o já citado contexto de tensão, relaxamento, semi-tensão, climax,anti-climax e conclusão.
Seguindo meu padrão de trabalho, citarei 03 musicas para referencia:
– Primeiro, eu citaria a faixa INEXISTENCIA I, que apresenta um riff inicial mais épico, acompanhado da alternancia de blastbeats, bumbos dobrados e tempos lentos. O riff intermediário, por sua vez, é bem melancolico. A parte sussurada do vocal me remeteu ao RAM PRIEST do IMPURITY. E quando a tensão e a brutalidade retornam, pura dor e angustia nos vocais.
-Depois a faixa do single, INEXISTENCIA V. Essa faixa teve um single e foi objeto de uma análise particular, aqui no portal. Abaixo segue, novamente, o link para apreciação.
–Por ultimo a faixa INEXISTENCIA III, que me cativou logo de cara pelo baixo na introdução, pelo vocal narrado, na primeira parte da musica. A melodia da guitarra na parte final, lenta, é muito bonita e segue concomitante com o puro ódio dos vocais.
Acredito que o album será um dos lançamentos mais brutais do ano. Fortemente indicado.
