SANGUE DE BODE – Eu Sou a Derrota

CD 2024 - Vários Selos

Álbum

“Rapah, tu tem é sangue de bode é?”, ouvia muito isso e ficava sem entender, mas, ai me chega uma pacoteira de CDs vindos do selo Sangue Underground Records (do meu irmãozão Rafael), rapah, nesse pacote tinha um CD com uma capa no mínimo inusitada (uma mulher com um encosto) e o título mais ainda “A Sombra Que Me Acompanhava Era a Mesma do Diabo”, tratei logo de tacar o CD no play, e meus amigos, que som empolgante e pegado numa energia insana, profana, carregada (literalmente), densa; e há pouco tempo outra pacoteira chegou no Q.G., de novo do Sangue Underground, (hehe), e neste veio o novo CD do Sague de Bode, sobe o título de “Eu Sou a Derrota”, ou seja, a animação pra ouvir o som já exalava o odor da perversidade, hehe.

Mas, vamos ao Eu Sou a Derrota, meus amigos, que CD pancada viu, dotado de muita energia maligna, aquela aura densa de flertes com diversas nuances extremas, há momentos em que o clima chega a um avant-gard, há momentos que lembra Hellhammer, mas, pasmem, como se Tom Warriors cantasse em português, que doideira de comparação né (risos) e há horas que lembrou muito o que o Sepultura fazia no início, falo da sexta música, Os Corpos Apodrecem na Máquina, que letra fuderosa, em seguida vem O Mofo, outra pedrada na muleira do incauto, que música insana (no melhor sentido da palavra) e não houve como destacar uma só música pois o CD é intenso do início ao fim.

Os 12 sons que comprem o CD são:

01.Neo-Túmulo, 02.A Grande Degola, 03.Palavras São Só Barulhos, 04.As Vezes Sou Antigo, 05.17:55h, 06.Os Corpos Apodrecem na Máquina, 07.O Mofo (Part. Guilherme Chaves), 08.Vybora, 09.Oito Longos Anos, 10.Problema pra Dormir, 11.Sou Paranóico e 12..Meu Estômago

Este lançamento foi feito em parceria com uma confraria de selos undergrounds, sendo eles: Helena Discos; Vertigem Discos; Two Beers Or Not Two Beers; Terceiro Mundo Chaos Discos; Sangue Underground Records; Tu.Pank Records e o Blizzard Records.

Outro ponto interessante novamente é a capa do Eu Sou a Derota, trata-se de uma inusitada gravura de Karl Wilhelm De Hamilton (1668/1754), chamada “Forest Floor Still Life” que casou muito bem com o conceito lírico e artístico da banda, à primeira vista você pensa ser uma arte de banda doom ou psicodélica, ou seja, nunca julgar o livro/CD pela capa (risos), lembrando que o som é calcado no Thrash Metal 80’s com o Black Metal 90’s.

O pessoal do Sangue de Bode são músicos muito competentes, a produção deste CD está impecável, muito bem produzido, a mixagem ficou extremamente agradável, cada som tem seu destaque especial e torna tudo uma aventura macabra versada em português, Verme canta desesperadamente como um louco em camisa de força, alternando a voz entre o gultural e o rasgado e hora versado e sempre deixando bem audível a pronuncia e de fácil entendimento, isso se torna mais visível em “Sou Paranoico”, e ainda temos o Sinuê nos bumbos duzinfernuz, Nekrose nas guitarras e Zé no bass, a cozinha perfeita para  o banquete da oferenda.

Eu Sou a Derrota é o terceiro álbum da banda, e vos digo, cada música tem sua particularidade e tudo é notado com clareza nos poucos 37:34 de duração do CD, e como diz a própria banda “Comendo Lixo por anos à fio, Metal Extremo – RJ”.

Este tem tudo pra ser um dos melhores lançamentos de 2024, anotem aí, e, adquiram o CD, entrem em contato com os selos, conheçam novos sons, novas bandas, apoiem o underground e façam sempre com que ele nos presenteie com materiais insanos como este Eu Sou a Derrota.

Contatos:

facebook.com/sanguedebode666 

bandcamp 

Deezer 

instagram.com/sanguedebode/ 

spotify