TERRIFER – Filme

2016 – Terror / Crime ‧ 1h 26m

Cinema

A história de um palhaço serial killer, já tomara conta das telas do cinema algumas vezes. Nomes como Pennywise e Capitão Spaulding, soaram, cada um de sua forma, como personagens assustadores. Cada qual com sua identidade.  

Stephen King criou um Penniwise com traços sarcásticos e que envolve o palhaço ao sobrenatural. Rob Zombie por sua vez, com seu Capitão Spaulding, criou o de forma truculenta, com influencias de seriais killers reais.  

A trama acontece quando duas garotas encontram um palhaço em uma lanchonete. Sem suspeitar de algo horrível, uma das garotas tira um selfie com o palhaço, que de forma introspectiva e intimidadora, aparentemente não apresenta mal algum. Ainda na mesma noite, as garotas que estavam à procura de festa numa noite de halloween, se depara com o palhaço novamente, transformando sua noite em muito sangue e horror.  

O filme tem uma levada muito forte de sangue e violência gratuita. Algo que, o diretor e roteirista Damien Leone, se propôs a fazer em quase todas as obras que dirigiu em seu modesto currículo. Também se nota cortes bruscos em cenas de ação, como as matanças. Isso seria uma grosseria da parte técnica, se não levássemos em consideração a proposta que a obra passa. Proposta essa de homenagear o estilo horror e os filmes independentes de orçamentos baixíssimos. As influencias, soam mais como uma homenagem aos grandes clássicos do slasher, de um modo geral.  

As atuações, exceto do protagonista, são rasas. Percebe-se uma falta de espontaneidade dos atores, deixando de uma forma mecânica, onde as falas parecem ser ditas corretamente do jeito que está no roteiro, sem naturalidade ou improvisos dos atores. 

Mas mesmo com todas essas questões negativas, o filme consegue uma boa atuação do desconhecido (até então) David Howard Thornton que interpreta Art The Clown. Que aparecera a primeira vez em curta metragens de baixo orçamento do diretor. Sua estreia no cinema foi na antologia All Hallows’ Eve, alcançando um sucesso do fiel público de horror e slasher independente.  

Terrifier prova que o sucesso é relativo, pois os fãs de filmes slashers, gores e do cinema independente, tem uma obra digna, com a maestria de um protagonista típico, porem genuíno no conceito horror. Por outro lado, a precariedade técnica, torna o filme detestável para os demais cinéfilos.  

Mas o que podemos afirmar com clareza, é que, Damien criou Arth, que está à beira de se tornar um personagem de sucesso, em meio a cultura pop, alcançando as primeiras prateleiras, junto de nomes como Michael Myers, Capitão Spaulding e Jason Voorhees.

Nota: 3,5 

Destaque: David Howard Thornton.

Rodrigo Leonardi.

Escritor, músico e entusiasta do cinema.

Como escritor, tenho 5 livros publicados, participação em diversas antologias.

Como músico, fui baixista e vocalista da banda Abuso Verbal e atualmente vocalista da banda de Metal Punk “Roto”.

No cinema, já escrevi críticas para o site Cineset, diversos fanzines como, Sindicato dos Assassinos e também divulgo análises no feed do meu instagram.

@rodrigoal81/