06 PERGUNTAS PARA: GOATPENIS

A Maquina De Guerra Se Prepara Para o Ataque

Entrevista

O GOATPENIS, na minha opinião pessoal, é a melhor banda de WAR METAL do mundo. Todos, absolutamente todos seus álbuns são excepcionais.

A banda consegue o feito de produzir um som extremamente brutal – como,aliás, é a caracteristica do WAR METAL – mas ao mesmo tempo muito bem produzido, com todos os elementos perfeitamente audíveis e, dentro da proposta, muito bem tocados.

No “06 perguntas para:” de hoje, conversarmos com o guitarrista VIRRUGUS APOCALLI, membro mais antigo da banda e que, neste ano, completa 20 anos de GOATPENIS! Que soem as sirenes da guerra!

1 – Salve, comando! Seja bem vindo ao portal LUCIFER REX! Gostaria de começar a nossa conversa, abordando já de cara, o novo album que esta vindo por ai. O que você pode adiantar a respeito?

V.A:Inicialmente quero agradecer a admiração e as palavras a respeito do nosso trabalho. Buscamos em cada álbum transmitir nosso extremo repúdio a espécie humana, nesse novo álbum experimentamos uma variedade de temas tendo como foco homenagear nosso grande irmão e eterno guerreiro SABBAOTH. O álbum conta com músicas inéditas, algumas delas compostas enquanto SABBAOTH ainda estava entre nós e a maioria das letras escritas pelo próprio, conta também com dois covers. Tivemos a ajuda e participação de alguns aliados que quiseram contribuir para realização deste trabalho, bem como a arte da capa que foi desenhada a mão pelo nosso grande irmão RON SETH (Impurity, Tormentador) essa capa reflete exatamente nossa postura com relação a essa raça de bípedes fracos e sujos. Além disso ainda temos uma surpresa que em breve será revelada!

2 – Eu percebi que ele vai sair pela Brazilian Ritual Records, do guerreiro Edu Beherit. O anterior, “Decapitation Philosophy” saiu pela Nuclear War Now, porém eu sei que vocês tiveram problemas em receber suas cópias. É por isso que optaram em lançar pela BRR? Parece que o “Decapitation Philosophy” vai ser lançado aqui, também pela BRR, procede a informação?

V.A.: Sim, o novo álbum será lançado pela BRR do grande irmão Eduardo Beherith, foi algo que conversei com ele pessoalmente desde o inicio do projeto. Eduardo além de ser um grande irmão, é um profissional que trabalha com extrema excelência em tudo que faz, sempre somando com ideias valiosas para execução do material. E sim, devido a dificuldade em conseguir trazer o álbum Decapitation Philosophy para o Brasil, consegui um acordo junto a NWN permitindo que a BRR possa produzir esse material aqui no Brazil para que finalmente todos possam ter acesso.

3 – Ainda sobre o novo álbum, ele é o primeiro depois do passamento do lendário Sabbaoth. E uma caracteristica que chamou a minha atenção foi o titulo a que tive acesso: “END”. Espero que esse titulo não seja uma alusão a uma despedida do GOATPENIS. O que você pode dizer sobre isso?

V.A : De fato o nome do álbum foi intitulado END. Vou deixar que o próprio álbum fale por si só. 

4 – A propósito, acredito que a perda do SABBAOTH tenha sido o momento mais dificil do GOATPENIS.Penso eu que, inclusive, devem terem acontecido pensamentos de encerrar os trabalhos nesse periodo. Como se deu o processo de superação e reestruturação do GOATPENIS após este golpe? E, por favor, apresente a formação atual.

V.A.: Sem dúvida a perda de SABBAOTH foi inestimável e certamente o pior momento não só para banda mas também para mim pessoalmente. O novo álbum trata desta perda e o que ela significa para o futuro do GOATPENIS. Parar nunca foi uma opção, pois tanto eu quanto SABBAOTH nunca nos enxergamos apenas como uma banda, mas sim como uma máquina de guerra que não pode ser contida, portanto enquanto houver um soldado de pé a guerra continua. Quanto a formação atual eu prefiro ainda não me manifestar oficialmente.

5 – Falando um pouco sobre apresentações ao vivo, eu fiquei sabendo de, pelo menos, 03 apresentações ao vivo, recentes do GOATPENIS: Uma no interior de SC, outra em Curitiba e agora no NECROPOLE HALL, ao lado do BGC e Wolflust. Tive informações de que vocês chegaram a ficar algum tempo parados, após o “Decaptation Philosophy“. Como foi essa retomada dos shows? E o que tem de agendado para o GOATPENIS, em termos de shows?

V.A.: De fato ficamos parados por um breve período de tempo pois passei por uma cirurgia devido ao rompimento de tendão do bíceps, então precisei desse tempo para minha recuperação. As apresentações ao vivo se deram naturalmente, em algum momento precisaríamos retornar aos palcos, tivemos boas ofertas, e decidimos aceitar. Sobre apresentações futuras, faremos uma turnê em novembro na Europa, ainda não estamos com todas data fechadas mas a princípio serão 7 países e 10 apresentações.

6 – Por fim, eu costumo trazer uma questão que vai de encontro à longa trajetória do entrevistado. Você completa esse ano 20 anos de GOATPENIS, eu concordo em 100% com a retórica da banda e não acredito em nenhuma das narrativas da farsa conhecida como humanidade e o que me motiva no dia-a-dia é um senso de honra pessoal, de “missão cumprida”. O que te motiva, VIRRUGUS APOCALLI, a manter sua maquina de guerra azeitada e disparando, depois de 20 anos?

V.A: De fato estou há 20 anos no GOATPENIS, porém minha trajetória começou bem antes disso. Ao longo dos anos você inevitavelmente vai amadurecendo suas ideias. Eu iniciei com uma mentalidade muito similar a maioria que viveu o metal nos anos 80, no entanto rapidamente fui entendendo que tudo não passava de fantasia, de um mundo imaginário criado com o propósito de escravizar a mente de pessoas fracas. O ser humano tem a necessidade de servir à algo. A humanidade precisa acreditar em algo, isso para mim se tornara cada vez mais claro e nojento e logo passei a entender que meu deus sou eu mesmo. Meu deus é minha pistola 380. Não sirvo a ninguém e a nenhuma bandeira. Minha arma é real e tem poder, ela faz verdadeiros milagres. Não é uma historinha sobre o menino mágico da Galiléia, ou qualquer outra crendice burra criada pra trazer conforto aos bípedes fracos e preguiçosos. Consegui transformar a música em uma arma, através dela posso começar uma guerra, através dela alcanço lugares que jamais pude imaginar estar. Assistir dentro da própria cena todas essas guerrinhas entre essa nova geração politicamente correta, o caos causado por diferenças de crenças, raças e bandeiras, é fantástico. Ver estes ratos destruindo uns aos outros é um catalizador para que eu continue. E isto é só a ponta do iceberg.

Pra encerrar a matéria uma amostra – não oficial –  do apocalipse:

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