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MEMORIAM – Rise to Power

CD 2023 - Reaper Entertainment – Rock Brigade Records – Voice Music

Flama Noir novembro 13, 2023 4 min read

“Em seu estado de não-liberdade, Hitler impôs aos homens um novo imperativo categórico: instaurai o vosso pensamento e a vossa ação de tal modo que Auschwitz não se repita, de tal modo que nada desse gênero aconteça. Esse imperativo é tão refratário à sua fundamentação quanto outrora o dado do imperativo kantiano. Tratá-lo discursivamente seria um sacrilégio. É possível sentir nele corporalmente o momento de seu surgimento junto à moralidade” (Theodor Adorno, Dialética Negativa, 1966. Tradução brasileira: Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009, p.302).

O feriado de finados no início do mês é um momento dedicado à memória dos que se foram e uma oportunidade de reflexão sobre a morte, a qual os filósofos desde a Antiguidade consideravam sua musa inspiradora. Um ponto comum da filosofia com o Metal Extremo é justamente ter como seu principal tema a morte e tudo que a cerca. Se por um lado temos Platão, Montaigne, Schopenhauer e Heidegger, de outro temos Death, Cannibal Corpse, Obituary, Benediction, Bolt Thrower. E é na continuação dessa tradição do Metal da Morte, mais especificamente a frente britânica dessa tradição, que surgiu o MemoriaM. A banda foi formada em 2015 pelo vocalista Karl Willetts, (Ex Bolt Thrower) junto com Scott Fairfax (Ex Benediction) na guitarra, Frank Healy (Ex Sacrilege, Ex Benediction & Ex Napalm Death) no baixo e  Andy Whale (Ex Bolt Thrower) na bateria. Em 2020, Andy Whale deixou a banda e foi substituído por Spike T. Smith (Ex Sacrilege, Ex Killing Joke, Ex The Damned). Conforme declaração do próprio Karl Willetts, a banda foi pensada como uma homenagem ao último baterista do Bolt Thrower, Martin Kearns, falecido em 2015. Desde então, são cinco excelentes álbuns lançados mantendo ativa a tradição inglesa do Death Metal ao lado do próprio Benediction.

Rise To Power é uma pedrada maciça de oito petardos distribuídos em 44 minutos e 46 segundos de excelente Death Metal. A começar pela arte da capa assinada por Dan Seagrave e o belo material em mídia física lançado no Brasil pela Rock Brigade Records com a Voice Music sob licença da Reaper Entertainment, atual gravadora da banda.

A primeira faixa destaca-se pelo título, aparentemente simples e de uma temática já bastante explorada, mas sempre necessária: Never Forget, Never Again (6 Million Dead). Quando o disco foi lançado em 3 de fevereiro deste ano de 2023, alguns pensaram que o título poderia referir-se aos seis milhões de mortos em decorrência da Pandemia do Coronavírus, afinal naquela época o número de falecidos estava nessa casa – hoje, novembro de 2023, o número já está na casa dos sete milhões, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Mas a referência é clara: Creating a false version of history / Construction of a hate filled ideology / To believe and act without question / The perpetrators of the final solution / Those that instigate and those that looked away /Guilty of genocide on an industrial scale. A referência não concerne apenas aos perpetradores da solução final, mas também a todos aqueles que acreditaram numa ideologia constituída por ódio, agiram e pensaram sem questionar, a instigaram ou a ignoraram e assim se tornaram culpados por um genocídio em escala industrial. E por que relembrar o Holocausto mais de 80 anos depois da construção dos campos de concentração nazistas? Não apenas porque o neofascismo permanece em ascensão em diversas partes do mundo, mas porque dados recentes da ONU indicaram a existência de um contingente de refugiados em todas as partes do globo terrestre ainda maior do que na época da segunda guerra mundial. A guerra da Ucrânia era apenas então, no início deste ano, a face mais visível disso, sendo, entretanto, superada, em imagens de uma brutalidade inaudita, pelo atual conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. Por isso, o imperativo categórico que o filósofo alemão de origem judaica, Theodor Wiesengrund Adorno (1903-1969) formulou nos anos sessenta ainda permanece imprescindível: Que Auschwitz não se repita! Nas palavras de Karl Willets: “Men women and children / They number six million / Let this be our burden and shame / Let this never happen again!”

Embora essa primeira faixa já seja por si mesma responsável por atrair a atenção e afirmar a relevância desse álbum, as faixas seguintes mantêm a qualidade, o peso e a agressividade tanto nos aspectos musicais quanto líricos. A segunda faixa “Total War” é a típica faixa do War Death Metal que caracteriza a trajetória dessa banda e seus músicos. “I am the Enemy”, “The Conflict is Within”, “Annihilation’s Dawn”, “All is Lost” e a faixa título, “Rise to Power” oferecem uma artilharia pesada de riffs e ataques violentos de bateria em que, apesar da qualidade técnica não se vê a banda preocupada com firulas autoindulgentes típicas de bandas de Technical Death Metal. Os veteranos nem aceleram, nem se arrastam, mas mantém um ritmo perfeitamente adequado para o gênero de Death Metal que praticam. Por fim, encerram o álbum com a atmosférica “This Pain”, que com seus acordes acústicos oferecem o perfeito encerramento de um trabalho que se destaca entre tantos excelentes discos de Death Metal lançados neste ano. “Rise To Power” é não apenas recomendável, mas obrigatório para todos os ouvintes do Metal extremo e obcecados com a Morte.

Flama Noir

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Tags: deathmetal filosofia holocausto morte warmetal

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